New York - Ano Novo

Party rocks in the house tonight, everybody just havin a good time...


Se você estiver planejando o seu próximo reveillón e por um acaso digitar "Nova Iorque" no Google, vai encontrar muitos e muitos blogs e sites de pessoas que passaram pela experiência e têm muito (ou pouco demais) pra falar. Esse ano decidi celebrar lá a minha passagem de ano, como diz minha prima “Que baita ascensão! De São Luís à New York City”. Claro que foi mais uma desculpa para visitar a cidade, que há tanto eu queria. Estava só esperando a oportunidade surgir, como ela, para minha satisfação, o fez.

Eu sabia muito superficialmente o que era o ritual da passagem de ano em Nova Iorque. Sabia que era uma das mais famosas do mundo e que reunia uma quantidade catastrófica de gente de todos os confins desse mundo de Meu Deus. Sabia também dos tradicionais beijos entre os casais e da chuva de papeizinhos picados (escritos por todos com desejos e votos de um feliz ano nuevo). Também não esqueci, jamais, do frio glacial que faz nessa cidade principalmente nessa época do ano. A neve com certeza estaria presente.

Depois de passagens compradas e hotel reservado, fora o rascunho de plano de visita aos pontos turísticos, eu comecei a fazer uma leve pesquisa sobre o que poderia esperar. Também não gosto de ser meio psicopata e sair planejando todos os passos que vou dar numa cidade desconhecida. É bom sentir a incerteza […]. Pois bem, voltando ao assunto, fui pesquisar e sendo bem sincera só ouvir falar mal. Muitos chamavam de “o fiasco do ano novo”.

Eu pouco me abalei. Não caio muito nessa conversinha das pessoas. Acho que cada um tem sua opinião e a melhor forma de saber se a cidade/programa/boate/*Nsync presta, é indo lá e sabendo/escutando. Eu já disse e repeti que o pior erro de alguém, além de não usar perfume, é cair na conversa dos outros e não tirar suas próprias conclusões.

Já estava consciente que ia trocar o Brasil por uma friaca miserável, de pé por umas várias horas, me espremendo com meio mundo, sem poder beber nada, sem talvez conseguir ver algo...e assim sucessivamente. Mas posso falar? Foi sensacional! Foi uma experiência totalmente inédita na minha vida (o que já é bom). Não estava fazendo o frio esperado (tanto que foi o dia que andei apenas com uma meia calça e a calça jeans), a muvuca era completamente pacífica e engraçada (as pessoas entram no clima e tudo é motivo de risos e piadas) e o momento da virada, realmente, é super sem graça. Lógico que é, não se compara com nada no Brasil. Você tem que sair de casa sabendo que definitivamente você não estará no Brasil.

A virada, dentro do mundo sem graça dela, é legal. O clima é ótimo de energia positiva e confraternização. Todos se abraçam e desejam “Happy New Year”, quando você se vê, tá abraçando um monte de desconhecido. Isso é bacana. Os papéis caem, a contagem regressiva é feita no telão na Times Tower, saem alguns escassos fogos laterais e a bola feita de cristais desce num mastro simbolizando a passagem do ano. Antes disso, na espera pela 12:59, eles constroem um palco em um nível bem alto onde alguns cantores cantam 1 ou 2 músicas (esse ano teve Lady Gaga, Justin Bieber e Pitbull). São montadas 2 arquibancadas coladas nesse palco para pessoas convidadas, tipo os parentes do prefeito. Enquanto isso o povão fica lá embaixo só ouvindo o que está havendo no pedestal, quer dizer, palco. Apenas um telão em um dos lados transmite esses shows, ou seja, só quem deu a sorte de ficar desse lado consegue assistir. Voltando à virada, depois dos papéis, beijos e bolas descendentes, todo mundo se despede e vai embora pra casa, outros para o hotel e os sortudos, para as baladas.

Ah, esqueci de dizer que antes da hora H você tem 2 opções:
1 – Quer ver a qualquer custo o “espetáculo” da bola caindo? Então levante às 8h da manhã tome seu café reforçado e vá para a Times Square. Fique lá até as 00:10 do outro dia. De acordo com um dos policiais que ficou nosso “brother” às 9h da manhã a Times Square já reunia 1 milhão de pessoas à espera do Ano Novo. É preciso ir essa hora para guardar seu lugar (insane).

2 – Aproveite seu dia na cidade, faça reservas para um pacote de jantar e depois vá se juntar à multidão, com chances máximas de estar no meio da galera e mínimas de chegar na Times Square.

Como eu disse, muita gente compra esses pacotes de jantar. São meio caros (mas compensa). Muitos transmitem o evento em telões (eu fazia questão de estar na bagunça), oferecem o jantar, e emendam a baladex. É muito legal, mas precisa ser reservado com antecedência para não correr o risco de ficar sem. No meu caso, só tivemos o jantar e o resto foi passado nas ruas. Vários sites vendem essas festas que são em bares, restaurantes, hotéis e boates.

Apesar da Times e todas as ruas ali do perímetro terem super-mega telões, eles cometem o infantil erro de não transmitirem a festa ao vivo para todas as pessoas que estão ali (não são poucas). Também economizam demais nos fogos. Os prédios vizinhos poderiam muito bem também lançarem seus fogos. Iam fazer um efeito lindo sobre todas as ruas. A logística de quem organiza o evento é muito junior. Verdade seja dita.

Se eu indico? Claro que sim. É inexplicável dar as boas vindas ao ano novo ali naquele espetáculo de cidade.

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