DPV 1





Eu sempre faço minhas viagens com alguma companhia, ainda não cheguei no nível de sair sozinha por ai. A minha experiência pela Europa foi toda feita com uma querida prima. A parceria é muito grande e a  compatibilidade de gênios melhor ainda. Coisas essas fundamentais quando se coloca o pé na estrada, ou no avião. Não existe lugar melhor, do que numa viagem, para conhecer tanto as pessoas como, principalmente, você mesmo. Você está completamente fora do seu lugar comum e sujeito às mais variadas influências do mundo que te rodeia (literalmente). 

Escolha com muita calma suas cias de viagens, parece uma besteira mas nos momentos mais críticos que possam surgir essa pessoa pode ser sua “salvação” (sou meio dramática) ou ser aquela que vai dividir com você as melhores experiências da sua vida.

Assim que chegamos da nossa segunda viagem, eu muito emotiva e nada satisfeita em voltar à rotina, escrevi na correria do expediente de trabalho um email completamente informal para minha prima. Depois nos falamos pelo celular e ela me disse que era uma pena muito grande apenas ela poder ter lido aquelas palavrinhas (exagero total pois escrevi correndo e com provavelmente muitos erros de português). Bom, como decidi criar o blog, vou publicar a cartinha que, lembrando, fiz num momento do auge da minha crise de DPV – Depressão Pós Viagem.


Clarissations! Obrigada!!! Você é o máximo...Check point Charlie! Vou finalizar com um funkzinho: "Nick or Erick, Nick or Erick...." 


"Olá!!!
Bom dia querida, quer dizer, senhora!

Estou escrevendo para agradecer a cia de viagem e a perceria, sobretudo. Foi com certeza uma viagem inesquecível e provavelmente uma das maiores experiências da minha vida em vários sentidos. Realmente para mim, foi muito importante ter passado por isso.

Desculpa por qualquer coisa que tenha dito ou feito, pelos momentos de mau humor (raros mas existentes) ou brincadeiras sem noção.

Eu ainda estou naquela fase da volta em que você fica meio sem saber o que fazer da vida...não se encaixa mais aqui na sua rotina e tem até uma frustração depois de voltar de, literalmente, uma viagem tão radical para nossos padrões de vida/cultura. O fuso horário ainda está no meu reloginho interno, tenho dormido muito cedo e acordado mais cedo ainda. E a fome vem em horas meio esquisitas. Minha tosse está passando e depois de tirar as 28 calças percebi que minha perna está mais torneada: resultado de nossas andanças diárias de mais de 5km (provavelmente). Aii...como eu amei tudo...como eu amo a Alemanha...como eu quero ir mais pra lá...ai como eu tenho ciúmes da Alemanha...ahh como eu quero casar com um soldado alemão!

Quando paro para lembrar, cada coisinha que nos aconteceu fico rindo atoa...não tem como esquecer nosso encontro em Colônia, a bagunça no memorial do judeus, o turco fdp, a saída de emergência do trem, o futebol com a calçada, a noite de mendigas na houptbanhof, o frio tremendo nas filas de Berlim, os flertes com todos que cruzassem nosso caminho, a Pimpernel, o “Puulta que pariu os americanos!” , os vários “O que você tá fazendo aqui na Alemanhaaa???” , aquele “Ela é sua amiga? ela tam-bééém é brasileiraaa???”, o tenso “Dutch, in dutch!!”.....etc etc. Não adianta, ninguém vai saber como foi tudo isso...podemos contar e recontar, mas isso será só nosso! E isso é o que faz a diferença entre viagens e viagens, e definitivamente temos muita sorte com as nossas.

hahahahahahahahahahaha...aii...eu amo isso! Acho que nasci pra isso! Claro que estou cansada demais para pensar em outra viagem desse naipe, mas sei que em breve vou estar rolando anoite na cama bolando algum plano.

Enfim, que venha São Paulo. E que o futuro nos reserve bons roteiros.
Muito obrigada!!!
Alina
Miss Nikka
30/04/2011 "

Reichstag (Parlamento alemão)
Berlim Mauer - East Side Gallery (Muro de Berlim)

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