Lisboa, em Portugal - Parte 1
Estar em Portugal é uma sensação muito curiosa, você está num outro continente e se depara com placas e pessoas falando sua linda língua. Lisboa pra mim foi a última cidade de tantas outras, fim de festa, e eu adorei pois já deu pra ir matando a saudade de casa com o clima, as comidas e o português. Depois voltei por lá no ano seguinte e continuei com a mesma sensação boa da primeira vez.
Lisboa é um misto de modernidade e velharia; e a sensação é de estar na casa dos pais, faz todo sentido. Desde o taxi já nos sentimos acolhidas com a simpatia do motorista; seguindo fomos quase adotadas pelo pessoal do Hostel (Lisboa Central Hostel) que ficava num localização fantástica e com uma acomodação melhor ainda. Detalhe: eu queria aquele quarto pra mim! Chegamos e fomos tri-bem recebidas, nos deram mapas e várias dicas do que fazer naquele dia. O retrato da população é de muita desigualdade, por um lado tem o padrão "Europa" mas também vimos muita gente mais idosa, bem humildes e sorridentes. Realmente é o Brasil europeu. O modo de falar também dá uma assustada, parece que estão brigando com você, mas no fundinho não estão não.
Bom, andamos muito e por esse caminho compramos souvenirs como imãs e chaveiros de galo (o apelidinho do país é "Portugalo") e umas garrafinhas de vinho do porto. Também comi coxinhas de frango que já eram meu desejo há uns 15 dias, experimentei o brigadeiro (não é feito da mesma forma)...enfim, tem muita guloseima deliciosa pelas "padarias" nas ruas. Experimente a bebida famosa por lá: a Ginja. É tipo um licor de uma frutinha vermelha que é uma delícia.
Andamos bastante do local do nosso hotel (atrás da Av. Liberdade) até a Baixa, passando pelo Rossio até a Rua Augusta. Nesse caminho chegamos até o Elevador da Santa Justa e a Praça do Comério que fica às margens do Rio Tejo (pôr-do-sol lindíssimo). Já era possível avistar no aaaalto do morro o Castelo de São Jorge (tem uma vista da cidade muito bacana). Também escolhemos um restaurantezinho e aproveitamos uma promoção do jantar e pagamos baratíssimo (9 euros) numa picanha com arroz e feijão (huummm). Depois você precisa ir até o Parque das Nações, é uma área mais moderna da cidade que tem uma estação de metrô (Gare do Oriente) sensacional desenhada pelo famoso arquiteto Calatrava, tem o 2° maior Oceanário do mundo (interessantíssimo), o shooping Vasco da Gama, um teleférico e o Museu de arte antiga. Almoçamos num restaurante brasileiro que tem por ali, foi bem caro mas valeu a pena.
Ida até Belém é obrigatória. Lá você pode visitar a Torre de Belém, O Mosteiro dos Jerônimos e o Padrão do Descobrimento. Além de, é claro, poder comprar o famossísimo e exclusivo Pastelzinho de Belém. (Dê uma olhada no post "Belém")
O esquema de baladas funciona assim: por volta das 21h todos vão para ruas do bairro Alto. Você entra em vários bares, pede uma bebida aqui, outra ali...fica na rua...esse é o clima. Tem muita gente bonita. Às 2h da manhã todos os bares fecham e ai a galera toda pega um taxi e vai direto para as baladas propriamente ditas (1 balada top: Lux). Tem de todos os tamanhos e estilos. Os preços variam de acordo com o seu look e sua cia. Nas mais tops você vai encontrar muita dificuldade pra entrar. Como é praxe na Europa não existe regra ou manha, só reze para não receber palavras do tipo: "a entrada custa 300 euros sem consumação" ou "é uma festa só para convidados ou com nome na lista".
Nas baladas mais acessíveis você pode até entrar mas os preços vão variar, existem comandas de todos os preços e quem definirá a sua é o segurança da porta depois de uma análise bem preconceituosa do seu visual. Existem umas boates menores nas Docas, são coisas mais bagunçadas mas ficam lotadas, apesar de termos entrado de graça e ainda ganhado uns 5 vales bebidas, não gostamos. Pra falar a verdade eu não gostei muito da noite de Lisboa. Achei as bebidas péssimas, as músicas horrendas e as pessoas assustadoras. Mesmo assim eu toparia dar uma segunda chance e tentar algumas outras noites por lá. Engraçado mas em Lisboa eu tomei uma das melhores bebidas da minha vida: Moranguito (era um mix-shot de tequila, batida de côco e groselha).
Preciso dizer que existe o “Projeto Forró de Lampião” todo domingo às 21h no Steps Clube Estação que é um barzinho que toma o melhor forrozinho pé-de-serra importado diretamente do Brasil. Eu fiquei enlouquecida quando descobri mas infelizmente fomos embora de Lisboa justamente no domingo anoite. Eu até propus irmos de mala e cuia pra lá e depois correr para o aeroporto, mas a minha ideia não foi muito aceita.
Você deve estar se perguntando se eu não experimentei o bacalhau. Eu não como peixe e nem nada que venha do mar. Por mim, não faria falta alguma. Porém a dona do Hostel e nossa melhor amiga de imediato nos convidou para um jantar que ela mesma prepararia: uma super bacalhoada. Foi impossível dizer não. Chegamos da rua no horário marcado (eles fazem muita questão da pontualidade) e lá estava ela finalizando sua especialidade. Eu nem gosto desses trens mas o cheiro me encantou. Todos comeram bastante e não pude fazer essa desfeita e dei meu prato. Ela me serviu (aliás, ela serviu todo mundo e empurrou em todos o repeteco), foi um prazer mas, definitivamente, eu atestei o meu des-gosto pelo bacalhau. Sorte de quem gostava!!!
Para quem vai fazer um bate-volta, no aeroporto já existe uma estação de metrô que te dá acesso a todas as áreas da cidade. E um táxi da região do Bairro Alto até o aeroporto custou apenas 10 euros. Mesmo que você só tenha algumas horas livres até o seu embarque, não hesite em descer no Rossio, jantar num lugar legal, emendar uma baladinha no Bairro Alto e só depois voltar ao aeroporto.
Leia o relato de Lisboa Parte 2 aqui.
Lisboa - Portugal Viagem: 2011 (março), 2012 (agosto).
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