Montanhas-russas!

"Nem só de carrousel viverá o homem"

Me deu uma vontade louca de falar hoje sobre montanha-russa. O nome já diz tudo: elas surgiram na Rússia originárias dos passeios de trenós (isso mesmo), já o primeiro looping foi construído num parque na França. Muita gente leva a brincadeira a sério e existem uma série de grupos e associações de pessoas que encaram os parques de diversão com mais seriedade que o normal. Tem o American Coaster Enthusiasts (aquele ator David Arquette faz parte) que é o maior clube de amantes de montanhas-russas do mundo, e aqui no Brasil tem o Clube Brasileiro de Montanhas-Russas. Basicamente eles têm a desculpa de sair por aí pegando carona em todas as montanhas-russas em nome do clube. Chato, não?

Eu também adoro uma aventura desse tipo, como nunca pulei de bungee-jumping ou saltei de pára-quedas (ainda), andar de montanha-russa é o mais longe que cheguei na radicalidade. Se você fizer uma pesquisa vai encontrar fácil vários rankings das melhores atrações no mundo. Eu posso, e vou falar apenas das que tive oportunidade de sentir, a palavra é essa: sentir.

A história que me marcou para sempre foi a minha primeira vez no Beto Carrero World, em Santa Catarina (a minha primeira vez no parque, ok?) Aquela montanha-russa - com um mísero looping - era novidade total para todos os parques do Brasil e quando cheguei perto dela, fiquei lá estudando cada curva e pensando nos prós e contras. O resultado é que não fui. Eu nem tinha deixado o parque e já tinha me arrependido. Todos iam me perguntar se eu tinha ido e eu ia ter que falar que não. Puxa vida! Era o mesmo que ir em Paris e não ir na Torre Enfel ou ir em Caldas Novas e não ir naquela sorveteria do sorvete assado.

Antes de fazer meu ranking, em questão de montanha-russa eu digo que você não deve ficar lá parado olhando para criar coragem (você só vai ficar mais covarde), já chega entrando na fila sem pensar muito, elas nunca são piores do que aparentam, a adrenalina que você sente antes de iniciar a corrida é a cereja do bolo, e os melhores assentos são os primeiros ou últimos por conta dos efeitos da força da gravidade.

    Medalha de Ouro
    Sheikra (Bush Gardens, Tampa na Flórida)
    2 minutos e 20 segundos, 112 km/h, e força 4.4 G
Descrição: Uma subida muito inclinada e desesperadora e depois uma paradinha de alguns segundos na “boca” do precípicio para você se dar conta do que vem pela frente e para que você assista o tão falado filme da sua vida. Em seguida uma queda interminável de 90° (sim, noventa graus). Ela foi convertida em “sem chão” ,ou seja, pézinhos super pendurados. Não há apoio, só o cinto, você e Deus. 
Dicas: O tema é de um vôo de uma águia. Ao chegar perto dela eu aconselho não olhar demais e já entrar na fila, escolha a fileira da frente e vai! Caso você não tenha mais coragem, você já foi e na melhor posição, a frontal. Mas não se preocupe, depois de ir uma vez você não vai querer parar. A sensação é de morte e indignação com você mesmo por ter se dirigido espontâneamente até aquela “brincadeira”. Um volta no último carrinho é espetacular, pela sensação de arremesso.
Comentários pessoais: Essa é um espetáculo. Eu fui num dia mais vazio então consegui ir nessa montanha-russa umas 15 vezes seguidas (sem exagero).
Dê uma voltinha virtual aqui.

    Medalha de Prata
    The Incredible Hulk Coaster (Islands of Adventure, Orlando na Flórida)
    3 minutos, 107,8 km/h e força 4 G
Descrição: A saída é o maior diferencial, ela se posiciona num túnel levemente inclinado e por sua tecnologia de jatos F-16 você sofre uma aceleração de 0 a 65 km/h em incríveis 2 segundos (coisa do Hulk mesmo), e logo em seguida já emenda um super parafuso. 
Dicas: Comece esse parque por essa atração, ela é bem cheia então garanta logo sua ida.
Comentários pessoais: Ela é muito assustadora, você já enxerga do seu carro, ainda a caminho do parque. Ela é super gostosa e não é muito brusca. A fila já vai fazendo você entrar no clima.
Dê uma voltinha virtual aqui.
    Medalha de Bronze
    Kraken (Sea World Disney, Orlando na Flórida)
    2 minutos e 2 segundos, 105 km/h e força 3.9 G
Descrição: Dá pra sentir a força da gravidade ao extremo. Sem falar no estilo floorless que significa pés balançando no ar, lembrando que ela não é invertida.
Dicas: O parque é muito infantil, de animais. Eles fizeram 2 montanhas-russas para dar um upgrade de aventura. E elas valem muito a pena. Quem mora pela região vai até o Sea World apenas para andar enloquecidamente nessas atrações mais adultas. As filas não são tão grandes, essa é a vantagem.
Comentários pessoais: Essa montanha-russa traz uma sensação inexplicável. Existe uma pequena folga no cinto de proteção, isso faz com que você se mova um pouco do assento para frente, se sustentando apenas com o peitoral/barrriga. Se você fechar os olhos é como estar voando. Uma delícia!
Dê uma voltinha virtual aqui.

    Logo abaixo estão essas outras que também têm seus diferenciais: 
    Dueling Dragons: duas montanhas invertidas se entrelaçando na mesma corrida – chegam a ficar a 45 centímetros da outra em um ponto específico, ela fica no Islands of Adventure.
    Kumba: uma das preciosidades do Bush Gardens muito rápida e com muito loopings e parafusos.
    Montu: outra jóia do Bush Gardens, o tema dela é o Egito, é invertida e o barulho que ela faz é de dar pesadelo anoite.
    Space Mountain: a mais clássica montanha-russa da Disney, está no Magic Kingdom desde a inauguração. Repaginada, ela é indoor e totalmente no escuro, adquire uma velocidade surpreendente.
    Gwazi: também está no Bush Gardens, são duas montanhas-russas de madeira se entrelaçando chegando até a 160 km/h, ela é muito violenta e você sai cheio de hematomas e dor de cabeça.
    Rock'n'Roller Coaster: fica no Disney Hollywood Studios, mais uma indoor no escuro ao som enloquecedor da banda Aerosmith, o carrinho é uma limosine que sai com um arranque fortíssimo.
Eu quero muito ainda ir na: Manta (Sea World), Chetaah (Bush Gardens), Kingda Ka (Six Flags Great Adventure em Jackson), Expedition Everest (Disney Animal Kingdom) e na X-Scream Stratosphere (Hotel Stratosphere em Las vegas).

Essas montanhas-russas enormes são muito gostosas de andar por conta da velocidade alta e da força gravitacional. Muitas vezes você sente a gravidade zero e é como se estivesse voando mesmo, fora a velocidade do vento que chega a desfigurar de leve seu rostinho. Não precisa se preocupar demais, é mais fácil você se sentir mal ou aqueles frios horrendos na barriga nas montanhas-russas na água ou nas daqueles parques de beira de estrada, que tem montanhas-russas infinitamente amadoras e lentas. Se você tiver problemas cardíacos seja apenas o cabide humano dos seus amigos, sair de lá com muita palpitação é fato certo.

Comentários

  1. hehehehehehhehehehe.. ameiiii o texto Aline!!! Tb adoooooro aventuras!! E montanha russa então, seeeeempre gostei! Eu era do tipo que chegava nos parques de diversão e enquanto a galera queria ir na roda gigante.. barco pirata. eu ia direto pra montanha rusa, elevador.. rsssssss... e dps de ler seu texto! nussss.. mó vontade de conhecer todas!!! Se Deus quiser ainda vou conseguir! Rsssss... P.S.: tb quero pular de bungee-jumping, saltar de pára-quedas e voar de asa-deltaaa!! Adoooro aventuras!

    ResponderExcluir
  2. hehehe..não esquece de me chamar que eu vou hein?!

    beijos

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

As praias de Ibiza

Tauá Resort Alexânia: vale a pena ir?

Zoo Luján de Buenos Aires: a pior coisa para se fazer na vida