A primeira vez na Amazônia


A cada dia que passa eu, além de ficar mais paranoica em filosofar sobre a vida e o(s) sentido(s) dela, tenho mais segurança em afirmar que só tenho a agradecer pela vida que tenho, pelas pessoas que me rodeiam, família e blá blá blá...mas um item tenso presente na vida de todos é o tal do trabalho que dá trabalho mesmo, e o meu, como todos os outros, tem os seus prós e contras, e os prós tem sido cada vez mais prós de categoria. 

Nessa última semana tive a chance de viajar pelo trabalho (trabalho com educação indígena), isso seria normal se não fosse para o Amazonas (pela primeira vez) e para uma agenda muito especial. Cheguei em Manaus e de lá segui num jatinho Cessna 650 Citation III (fiz questão de anotar o modelo), também pela primeira vez, para o longínquo município de São Gabriel da Cachoeira, ali na cabeça do cachorro (a região do Amazonas nos limites da fronteira com a Colômbia e a Venezuela forma no mapa o formato de uma cabeça de cachorro, e assim ficou apelidada). 

O Amazonas é um universo paralelo quando você descobre que a distância entre São Gabriel da Cachoeira até a capital Manaus é de três dias de barco (sim, três dias), e se a distância for feita de avião dura entre 1h30 e 2h de voo, ao custo aproximado de R$ 2.000 o trecho (sim, o trecho). 

No meio desse caminho, eu preciso dizer que é de tirar completamente o fôlego a experiência de sobrevoar a Floresta Amazônica, é muito louco pensar nos extremos de chegar em São Paulo e ver aquela imensidão de luz, prédios, cidade, da "selva de pedra"...e por outro lado, voar sobre a "selva de plantas" e ver aquele tapete de árvores infinito. Como o jatinho voa mais baixo que os aviões comerciais, a cada momento as vistas ficavam mais imperdíveis. 

Pertinho de Manaus, dá para ver o encontro das águas do rio Negro e do Solimões. Muita gente vai bem pertinho do encontro nos passeios de barco que são feitos exatamente para isso. 

Encontro das águas

Passamos por cima das anavilhanas, que é o segundo maior arquipélago fluvial do mundo e está no rio Negro. É impressionante a beleza e, pelo que pesquisei, tem até uns hotéis bem chiques por lá para se hospedar. Ah, e sem GPS não tem como se aventurar. 

Anavilhanas no Rio Negro

Também conseguimos avistar o Pico da Neblina que é o ponto mais alto do Brasil  (2.994 metros de altitude) e considerado pela galera da vida-de-aventura um dos passeios mais selvagens do país pois é necessário encarar deslocamentos de carro, barco, a pé e o caramba. 

Pico da Neblina no Amazonas
Outra coisa linda de viver é a cadeia de montanhas já próxima a São Gabriel da Cachoeira que foi apelidada de "Bela Adormecida" pois lembra demais a personagem da Disney deitadinha, e eu como uma fiel Disney-girl nem preciso explicar o quanto que eu amei isso tudo, né? 

A "Bela Adormecida"

Foi uma viagem inesquecível e que deixou muitos sentimentos bons, apesar da gênia aqui perder o voo da volta para Brasília e ter que pegar o próximo voo que só saiu às 01:40 da madruga. O lado copo cheio do ocorrido é que pude conhecer várias partes de Manaus (que só conhecia o aeroporto pelas escalas para Miami) e me apaixonar de vez pelo estado, talvez, mais famoso do nosso Brasil. 


Comentários

  1. Ain
    Que lindo....
    Nem imaginava que existia tanta coisa linda nesse pedacinho do mundo!

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