Visa Travel Money, vale a pena?



Não sei se você já conhece o cartão Ourocard Visa Travel Money, eu fiquei sabendo da existência do dito cujo e decidi ir atrás para ver se vale a pena mesmo. Me pareceu ser uma super novidade, e é. Mas como dizia meu professor de física: "depende do referencial". De forma geral, é um cartão de débito pré-pago para uso no exterior.

Como tudo (ou quase tudo) na vida, tem suas vantagens e desvantagens. E antes de sair fazendo o cartão desenfreadamente (reflexos de lojas de departamento) é melhor analisar bem seu caso, ou melhor, o caso da sua viagem.

Como funciona...

Você transfere dinheiro da sua conta corrente para o uso no exterior através do cartão, que por ser da bandeira Visa é praticamente aceito em todos os lugares do mundo (deu medinho mas nos lugares que não aceitar, pague cem cash). O dinheiro (reais) sai da sua conta e nessa transferência já são debitados o IOF e a taxa que o banco cobra com os valores atualizados do dia da compra. A cada transferência é cobrado o valor de U$ 20, ou seja, para quantias grandes vale super a pena.

Para conseguir o cartão, vá até uma agência do Banco do Brasil que realiza a venda do cartão, para saber a agência mais próxima ligue no número 4004-0001. Aqui em Brasília você pode ir até as agências: Banco Central, Liberty Mall (mais tranquila) e Aeroporto. Ainda assim, ligue antes na agência para confirmar se naquele dia específico eles têm o cartão disponível. (tel agência Liberty Mall: 3327-1957). Leve a identidade e o cartão do banco (sempre confirme os documentos necessários antes de ir).

No ato, você já recebe o cartão e também cria a sua senha. É possível fazer um cartão para o uso de dolares ou euros. Ao fazê-lo é  necessário o depósito mínimo de 100 dólares ou euros. 

Vantagens...

  • A grande e maior vantagem é segurança. Andar com muita grana na pochete não é algo muito tranquilizante mesmo em paises de primeiro mundo, e muito menos deixar no hotel (ainda que em um cofre). Então, de repente dividir a quantia total do que você vai levar entre a carteira e o cartão é uma ótima opção.

  • A facilidade de se efetuar o câmbio do real para a moeda estrangeira. Basta você fazer tranferência da sua conta corrente para o cartão. Mais fácil e seguro que ir numa casa de câmbio ou no próprio banco e depois sair de lá com os bolsos recheados. 

  • A grana no cartão está diponível para o uso sem precisar sofrer mais tributação alguma, independente do dia que você está fazendo a compra, é um dinheiro limpo. Pronto para usar. 

  • No primeiro ano você não paga anuidade (se for cliente BB) e ganha um cartão extra para os casos de danos ou impossibilidade de uso de algum deles. Também é possível pedir cartões adicionais, mas por esses existe uma quantia a ser paga.

  • O cartão fica pronto na hora, então dá para fazê-lo bem nas últimas das últimas horas. 

  • O cartão é boa opção para tranferências que envolvam muito dinheiro e feitas de uma vez só, pois será cobrado apenas 20 dolares, sendo assim valerá a pena.

  • É melhor usar esse cartão (débito) nas compras pois é um dinheiro “limpo” que não vai sofrer mais nenhuma tributação, ao invés do cartão de crédito, que te trará toda tributação encima dos valores do dia da fatura. No cartão de débito você escolhe o dia da melhor cotação, no crédito, não (ele pode estar muito baixo, médio ou muito alto. Pura sorte!).

  • Não há limite de uso, o limite é o saldo disponível. 

  • Se na volta da viagem sobrar algum dinheiro no cartão, você pode resgatar, ou não, aqui no Brasil.


Desvantagens....
  • Toda transação de transferência dos reais para o cartão, deve ser feita pelo titular da conta. O dinheiro só pode sair da conta dele, ou seja, se você estiver na Disney e sua mãe quiser depositar uma graninha extra para a batata frita, ela não poderá depositar direto no seu cartãozinho da alegria. Qual a graça disso?

  • O titular do cartão pode apenas tranferir dinheiro de DUAS formas: ou ele liga no número 0800 do banco (sem chances, de fazer isso numa ruela da Itália) ou indo numa agência do Banco do Brasil, não pode ser qualquer uma, tem que ser uma que realize operações de câmbio (sem chances, perder seu precioso tempo procurando banco nas avenidas de Nova Iorque). Nem pela internet dá para fazer...Resumindo: praticidade zero. 

  • Para quantidade pequena de dinheiro, o cartão não fica muito viável pois a cada depósito será cobrado U$ 20. É muito melhor comprar o dinheiro e levar em espécie mesmo. 

  • Se você já tiver a moeda em espécie, não compensa jogar no cartão (para tentar garantir um pouco de segurança ao seu dinheiro) porque esse dinehiro irá sofrer uma tributaçãozinha e, querendo ou não, você vai acabar perdendo um pouquinho. Uma vez o dinheiro na mão, sempre na mão (é o que compensa mais).


Minha dica é se for usar o cartão faça logo a transferência de uma quantidade grande de money para compensar os 20 dolares que serão cobrados e tudo aqui no Brasil, antes da viagem. Deixar para mexer com isso lá no destino só vai te fazer perder tempo de diversão correndo atrás de banco ou telefone. Ah, e lembre-se de levar uma quantidade no cartão e outra em espécie. Uma coisa eu preciso dizer: o cartão chegou deixando para trás aquela conversa de sair de viagem parecendo um político do mensalão com dinheiro espalhado por todas as partes do corpo...meia, cueca, sutien e afins.

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