Ano Novo em Las Vegas


Depois do Natal em Nova Iorque, decidimos voar para Las Vegas para curtir o reveillón. Plano ousado e cheio de expectativas. 

Primeiramente, a dica é reservar tudo com antecedência porque os preços vão estar inflados, inclusive os de hospedagem. Os shows vão estar cheios e é bom garantir lugares decentes comprando tudo o quanto antes. Até porque você vai precisar de tempo pra escolher em quais ir devido às inúmeras opções. 

Pesquisamos demais nossas opções para a virada do ano. Muita coisa girava em torno de jantares e festa (tipo no restaurante na Torre Eiffel) ou a festa privada na Freemont Street (aquela rua com teto de led gigante). Descartamos a Freemont poque vimos uns vídeos e achamos que a faixa etária do público não estava muito alinhada com a nossa (pessoas de 40+). 

Focamos nas baladas que ofereciam pacotes de reveillón especiais (caros, porém especiais). E com essa decisão, abrimos mão de ver os fogos na rua (fique atento que depois da queima acaba o auê). A partir de certo horário a polícia fecha a Strip que vira um fervo de pedestres (é permitido beber na rua). Isso porque precisaríamos entrar na balada com certa antecedência para garantir um lugar digno por lá. 

Compramos a festa de ano novo com Calvin Harris na balada Omnia que fica no Caesar Palace. Adquirimos um combo de 2 ingressos + $ 100 de crédito de consumo. Tentamos pesquisar quanto custariam os drinks pra ter uma ideia de valores. E as informações eram bem desanimadoras de que custavam muito caro, tipo mais de $40, e além do mais, o acesso aos bares era bem complicado devido ao número de pessoas. Enfim, nos preparamos para o caos. 

Eis que o plano foi: jantamos em algum restaurante no Caesar Palace e retiramos nossos ingressos na balada. Fomos nos arrumar no hotel (estávamos no Paris, indo por dentro, saimos no Hotel Ballys que está praticamente em frente ao Caesar, era só atravessar a rua). Eu e Núbia planejamos não ir com muitas roupas/casaco (fazia um frio da gota serena) pra não precisarmos pagar pelo guarda volumes da balada (que custava tipo $25). Pra isso, precisávamos estar um pouco "calibradas", aliás, todos precisavam devido aos preços da balada. Fizemos um pistop na farmácia Walgreens (em Vegas é tipo o mercado de conveniência) e compramos uma garrafinha de Jack Daniels e sprite e fizemos nosso "esquenta" na rua devido às piriguetes do grupo que não queriam morrer de hipotermia. 

Chegamos e pegamos uma fila básica pra entrar, bom que fomos tomando nossos drinks. Entramos que fomos conhecer todos os vários ambientes da balada. Inclusive, um deles era no terraço que tinha uma vista maravilhosa da Strip. Não ficamos lá porque, apesar dos aquecedores, estava fazendo muito frio, queríamos garantir nossos lugares na pista do Calvin Harris. 

Depois do reconhecimento do perímetro, fomos ao bar gastar nosso rico bônus de $ 100 por casal. Deu pra comprar um drink pra cada num baita copo de acrílico, tipo um ovomaltine grande do Bob's. Onde lê-se "drink", leia-se "uísque ou gim com refrigerante de limão". Fechamos nosso copo do Bob's (tinha tampa, canudo e tudo) e fomos pra pista. A gente sabia que não ia conseguir voltar ao bar, pois cada vez mais ficava lotado, e no máximo iríamos conseguir chegar ao banheiro. A meta foi beber devagar o "milkshake" pra evitar o xixi e ter que comprar mais. Sinceramente, o barman fez tão caprichado que tinha muuuito álcool, durou tranquilamente a noite toda. Pudera, cada copinho custou uns 50 dólares. 

Resumindo, foi um show do Calvin Harris com todos os sucessos dele e uns paranauê de efeitos especiais, principalmente, na contagem e virada de ano. Luzes, papel picado, mulheres penduradas e a p**** toda. Era bem chato ir no banheiro, a gente tinha que explicar para os seguranças, mostrar nosso grupo e rezar pra ele deixar a gente ir e depois voltar pra dentro da cordinha da pista de boas. Era tanta gente que quando saia alguém essa pessoa não era liberada pra voltar. Meu pé começou a doer no sapato novo (comprei um salto com medo do dress code), e inesperadamente achei um chinelo no chão (what?!). E as pessoas que brigavam ou respondiam rispidamente os seguranças ou as hostess eram expulsas do evento sem cerimônias. 

Eu achei legal, mas acredito que tenha sido apenas mais um dia "normal" de festa numa balada qualquer daquelas (o que já é uma experiência bem diferente). Como já disse anteriormente, as melhores festas e conceitos de reveillón estão no Brasil. 

Veja o relato de reveillón em Nova Iorque.
Veja o relato de reveillón em Punta del Este.
Veja o relato de reveillón em Copacabana.


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