Las Vegas, nos Estados Unidos (Parte 1)


Depois do natal encantado que tivemos em Nova Iorque, partimos para Las Vegas para usufruir do famigerado réveillon.

Adquirimos o voo interno na mesma compra do internacional e, por isso, tivemos direito às mesmas regras de bagagem (fica a dica), ou seja, não pagamos por elas.

Conhecer Las Vegas sempre fez parte da minha wish list, principalmente, acompanhada de amigos. Inclusive, posso dizer que faz muito sentido ir de galera para lá, tenha a idade que você tiver.

AEROPORTO E TRANSFER
O aeroporto de Las Vegas é muito próximo da Strip (avenida principal), rola até de pegar Uber/Lift (dependendo do dia e da quantidade de malas, claro).

Como íamos chegar mais de meia-noite, e estávamos com trocentas malas, resolvemos contratar o transfer Go Aiport Shuttle, que de madrugada funcionou bem demais. Porém, na hora de ir embora, tipo 19h30, eles simplesmente não apareceram no local combinado no nosso hotel.

HOSPEDAGEM
Sempre ouvi dizer que a hospedagem em Las Vegas é um item muito fácil de resolver, porque são muitas opções e, portanto, acaba sendo muito barata e digna. Quando iniciamos as pesquisas, a primeira coisa que fomos descobrindo é que, para a época escolhemos ir, a parte do "mais barato" não era bem assim.

E a segunda coisa, é que os hoteis têm diferenças gritantes de categoria. Todos são interessantes e luxuosos, porém, atente-se para o fato de saber escolher o que cabe no seu bolso e lidar melhor com a expectativa Vs realidade.

Como o tema é polêmico, vou fazer um post apenas sobre dicas de como escolher hotel em Las Vegas. Leia aqui.

Quanto ao luxo (pelo que vi) os principais são: Caesars, Bellagio, Aria, Wynn, Encore, Paris, The Venetian, The Palazzo.

Os que achei mais caidinhos: Bally's, Circus Circus, Flamingo, Harrahs, Cassino Royale.

Observação: essas duas listinhas acima foram feitas apenas com base na minha observação como turista (que não se hospedou nesses lugares e tirou essas conclusões apenas julgando pelas áreas públicas e cassinos de cada um deles).

Resumindo, preste atenção na escolha da hospedagem e muito cuidado com essas promoções geniais e muito baratas. Geralmente, os hoteis escolhidos ou são de uma categoria mais baixa (Circus Circus) e/ou ficam fora da avenida principal (Trump, Circus Circus ou Stratosphere), o que vai te fazer ficar refém de transporte. Não vejo nada de errado nisso, contanto que você saiba desses detalhes antes de embarcar.

LOCALIZAÇÃO
Outra coisa confusa é saber escolher, pela localização, em que hotel ficar. Eu tentei demais entender essa lógica antes de ir, seja conversando com quem já foi, seja fuçando o Maps, mas confesso que só consegui compreender chegando lá.

Esse mapa vai ilustrar bem as coisas. Pegue o Bellagio (circulado de amarelo) como centro e, assim, meu conselho é que você tente ficar o mais próximo possível dele. A lógica da cidade é ir andando por toda essa avenida, entrando nos hoteis e conhecendo suas atrações, então para gente funcionou muito ficar no Hotel Paris. Se não der, tudo bem, é possível percorrer toda extensão da Strip de ônibus e até metrô de superfície.



Eu e Math somos meio psicopatas de rua, então preferimos sempre caminhar. O clima estava bom também, estava um frio bom de andar pela rua. Se for no calor, melhor cogitar ficar próximo das atrações que pretende visitar pra facilitar esse deslocamento porque as temperaturas são dignas de deserto.

O HOTEL PARIS
Finalmente escolhemos o hotel Paris por vários motivos: a localização (no coração da Strip), a categoria (é de uma das categorias de melhor acomodação), preço (pagável para os nossos bolsos) e estética (eu, particularmente, sempre quis ficar num dos hoteis temáticos).

O cassino do hotel é tipo o do Venetian, todo trabalhado na cenografia parisiense que envolve do teto aos mínimos detalhes dos postes, tapetes e etc. É lindo...é tipo sempre pôr-do-sol dentro do hotel, sempre aquela vibe, com muito capricho nos detalhes, de Paris (segredo: só não é maior por conta do futum de cigarro no cassino).

Adoramos o quarto e, para o café da manhã, rolava um crédito pelo quarto que podia ser trocado por comida/bebidas num restaurante específico do hotel. Infelizmente, como era inverno, a piscina, que fica ao ar livre com vista para Torre Eiffel, estava fechada.

Tem um restaurante na Torre Eiffel (faça reservas) que tem uma linda vista da cidade, e pra quem quiser apenas subir, pode pagar entre U$ 10 e U$ 15. Também rola uma balada na torre, que pra quem é hóspede às vezes nem rola de pagar (veja as dicas de baladas aqui).

O Paris é interligado com Bally's, e uma coisa legal é que tem uma parada de ônibus bem em frente ao hotel.

Um detalhe mais específico é que no Paris as lojas e restaurantes eram bem temáticos, diferentemente dos outros hoteis que sempre tinham os nomes grandes e famosos. Vale dizer que não tinha um shopping interno. A parte negativa é o wifi, que em vários hoteis era free, mas no Paris era bem limitada (e cheia de regras) aos hóspedes.

TRANSPORTE
Sinceramente não acho que seja necessário um carro para fazer o circuito turístico da Strip e da Old Las Vegas porque tem ônibus rodando 24h pra esses lados, além no metrôzinho (monorail) da strip que interliga os hoteis.

O que mais usamos foram os ônibus, principalmente para ir ou voltar dos shows e/ou baladinhas nos hoteis mais distantes do Paris. Você pode comprar um passe que dá direto ao uso por 3 dias, ou o passe de 24h ilimitado. Não usamos o metrôzinho.

Acho o carro importante se você quiser explorar os arredores da cidade, tipo ir esquiar na neve no Las Vegas Ski Resort, que fica a cerca de 80 Km de Vegas no Mount Charleston (1h de carro – não vá de Uber porque depois não vai ter como voltar), ou fazer o rolê do Grand Canyon (veja aqui nosso relato), ou ir até Los Angeles (cerca de 4h cada perna).

OS HOTEIS E CASSINOS
O rolê turístico de Las Vegas se resume em visitar os hoteis que, se por fora já geram interesse, por dentro apresentam zilhões de opções de entretenimento, deixando os cassinos apenas sendo meros detalhes (se você não for jogador, óbvio).

Depois que você entra, pronto, o mundo todo se transforma na temática do hotel que está. Se perde e esquece da vida lá dentro. Sério...depois que você passa pelo cassino, você percebe um mundo oculto (e sem fim) dentro deles. São muito imensos, e a hora e o clima ficam intencionalmente neutralizados para você não se dar conta de nada (talvez seja por isso que Las Vegas é conhecida como a "Disney dos adultos").

São muitas atrações: cassinos, shoppings, praças de alimentação, parques temáticos, restaurantes temáticos, lojas de luxo, shows, teatro, buffets, baladas, bares....tudo! Armaria! Tudo que você quiser fazer, vai ter! Viva a terra dos exageros!

Os cassinos estão todos sempre com pessoas (24h), do mais ralé ao mais luxuoso. E as máquinas são todas temáticas, o que é divertido para gente que só brinca com a sorte. Achei estranho ver crianças, mas tem gente de todo tipo, de pijama, de roupa de balada, de pós balada, grupos, casais, famílias...tudo! Só de lembrar dessas coisas já dá vontade de rir...hahaha...

COMPRAS (TAXA DE IMPOSTO)
Caso você passe por outros estados dos EUA, é bom pesquisar a porcentagem da taxa de imposto de cada um deles pra saber qual a mais baixa. Em 2019 a taxa de imposto de Las Vegas (8,1%) era menor que a de Nova York (8,87%) então optamos em comprar por lá.

Eles têm dois outlets:
Las Vegas North Premium Outlets: ao ar livre (considere as condições climáticas), maior e um pouco mais longe da Strip (20 min de carro).
Outlet Premium South: fechado (com ar condicionado), menor e perto da Strip.

Fomos no South de ônibus e gostamos bastante, principalmente dos preços (e olha que somos os psicos de Orlando e Miami). Dica de Ouro: algumas lojas aceitam carteirinha de estudante e comprovante militar para dar ainda mais descontos (mesmo que você já tenha cupons).

Outro lugar must do que dispensa apresentação é a loja Ross Dress For Less (amor da nossa vida). Em cada ponta da Strip tem uma (uma em frente ao Hotel New York, New York e do lado da loja da Coca-Cola, e outra praticamente do lado do Hotel Encore). Vale sempre a pena ir, mesmo que elas não tenham o departamento de itens para casa.

Além disso, tem as dezenas de shoppings na Strip ou dentro dos hoteis. Fique tranquilo que não vai faltar lugar para torrar seu rico dinheirinho.


Leia também: 
Las Vegas, nos Estados Unidos (Parte 2)
Las Vegas: opções de bate-e-volta.
Las Vegas: opções de bate-e-volta.




Las Vegas - Estados Unidos
Viagem: 2019/2020 (dezembro/janeiro).

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