Barcelona, na Espanha
Com certeza Barcelona é uma das poucas cidades no mundo na qual eu moraria algum tempo. Tudo o que um turista procura está concentrado nessa cidade, dá para andar bastante, entrar em vários museus, admirar toda diversidade de arquitetura (predominante de Gaudí), fazer compras, ir a parques, igrejas, bares e restaurantes e no fim do dia, quando pensa que viu (e fez) tudo, ainda tem a praia para se jogar. Sem falar nas atividades noturnas que são extremamente sensacionais. Barcelona é a capital da Catalunya, estado esse que sonha em se separar do resto da Espanha e ser um país independente. Dessa forma, a língua falada é o catalão e esse clima separatista é perceptível por todos os lados.
Nos hospedamos na Ciutat Vella, na Avinguda Paral-lel no Hotel Paral-lel, que eu super indico (ótimas instalações, internet free, boa localização, perto do metrô). O metrô e os táxis são as melhores opções de deslocamento, as linhas chegam em todos os pontos da cidade. Compre o passe T10 que dá direito a 10 viagens de metrô por um preço unitário menor. Do aeroporto (meio longe) é possível pegar um ônibus executivo que faz parada nos principais pontos turísticos, como a Plaza Espanya. Também tem as opções de ônibus de linha regulares, pegue maiores informações no balcão de informações do aeroporto.
Primeiro dia...
Nossa história começou na catedral Sagrada Família, obra interminada de Antoni Gaudí (foi interrompida com sua morte e falta de grana). A obra foi retomada e a expectativa é que fique pronta em 50 anos. É uma construção muito impactante no tamanho e na riqueza de detalhes, sem falar nas características peculiares de Gaudí que sempre misturava movimento, cor, texturas e mosaicos. Uma das coisas mais lindas que já tive oportunidade de conhecer. Aconselho a compra do ingresso pela internet para evitar as mega filas no local. Logo em frente está o Parque Gaudí de onde são tiradas as melhores fotos, nos arredores também existem várias lojinhas e restaurantes estilo buffet (paga-se um valor que dá direito a tudo liberado). Depois pegamos a Av. Diagonal (uma das principais) rumo à Passeig de Gracia, uma das principais ruas de compras. Na Passeig de Gracia está a Casa Milá e a Casa Batló, ambas encomendas de Gaudí e hoje funcionam como museus, é possível fazer um tour audioguiado por todas as dependências das duas. Entramos somente na Casa Batló que sempe teve melhores comentários de quem já foi. E vale mesmo a pena, se tiver que escolher uma delas, escolha a Batló.
A noite chegou depois desse longo dia de verão, fomos conhecer o Poble Espanyol, que é uma mini cidade murada na montanha de Montjuic que tenta resumir as principais características arquitetônicas de toda Espanha, um museu a céu aberto. São ruelas com lojinhas, igrejas, restaurantes e bares que ficam bem cheios no cair da noite. O clima é uma delícia e aproveitamos para conhecer a La Terrazza, uma balada muito boa ao ar livre que fica no Poble. Eu gostaria de voltar lá para ir reconhecendo cada região evidenciada, eu só me lembro de ter visto muita coisa da Andaluzia.
Segundo dia...
Saimos cedo em direção ao Parc Güell, um parque lotado de elementos arquitetônicos de Gaudí. A posição é privilegiada, em frente à toda cidade e ao Mediterrâneo. Com certeza um dos melhores pontos de observação e contemplação do pôr-do-sol. Não deixe de passar pela Sala das Cem Colunas e pela famosa Salamandra em mosaicos de Gaudí no pátio principal.
Seguimos para a Plaza Catalunya, uma das principais da cidade, que está rodeada de gente, restaurantes e grandes lojas, além de ser um dos pontos de partida para Las Ramblas. As Ramblas é uma alameda totalmente arborizada vistada por todos que vão a Barcelona. Lá estão os famosos artistas de rua da cidade, e também várias lojas e restaurantes, além do Gran Teatre del Liceu e o Mercado da Boqueria. O mercado também é super visitado, tem de tudo, mas experimente os suquinhos de frutas, os picolés, o vinho e os jamóns. No fim das Ramblas está a rotatória com o Momumento de Colón.
Passamos pelo Port Vell, a área revitalizada do porto que também é atração turística. Nele está o shopping Maremàgnum (aproveite as liquidações das lojas), um cinema IMAX e um dos maiores aquários da Europa, o L'Aquarium Barcelona. Depois passamos pelo Museu D'historia da Catalunya que fatalmente estava fechado na segunda-feira. Nossa meta era chegar até Barceloneta, praia urbana, lotada e famosa pelos topless. Apesar da faixa de areia ser bem disputada, a praia é uma delícia e a água um pouco gelada. Também tinha muita gente praticando esporte e vários espaços de lazer espalhados por toda orla. Fomos até o final da orla chegando até escultura metálica em forma de peixe do arquiteto Calatrava. A partir dali já entramos na região da Vila Olímpica feita para as Olimpíadas de 1992, Olimpíada essa que mudou a cara de Barcelona.
Anoite voltamos para a orla de Barceloneta onde estão alguns dos melhores clubs da cidade, vários deles com acesso à praia, inclusive. Entramos na Opium Mar que nos garantiu diversão a noite toda.
Terceiro dia...
Passamos por uma feirinha de fim de semana na Av. Paral-lel, perto do nosso hotel, e pegamos o metrô em direção ao Arco do Triunfo, sim eles também têm um. Bem bonito, aliás, todo trabalhado no tijolo vermelho. Ele está numa das pontas do Passeig de Lluís Companys, na outra está a entrada do Parque da Ciutadella. Esse parque é um dos mais emblemáticos de Barcelona, lá dentro está o Jardim Zoológico de Barcelona, um lago com passeios de barquinhos à remo, a escultura do Mamute e a Cascata feita por Gaudí. O parque é uma delícia, lugar ideal para estender uma canga e capotar na graminha. Muitos fazem piquenique, tocam violão, namoram, lêem, confraternizam e etc.
Na saída de lá, mergulhamos nas ruas do Bairro Gótico, cheio de ruelas e construções no estilo (com gárgulas e tudo) e trocentos mil bares. Não deixe de tomar sorvete por aquelas bandas. No Bairro Gótico também está o Museu Picasso, mas lembre-se que o quadro "Guernica" está no Museu Reina Sofia em Madri. Acabamos voltando para região da praia, para pegar o metrô numa estação próxima à escultura "A Cara de Barcelona", do artista Roy Lichtenstein (aquele americano da Pop Art).
A balada foi de novo na orla de Barceloneta, mas dessa vez na discoteca (como são chamadas) Shôko Barcelona. Não tão top de linha quanto a da noite anterior, mas divertida e engraçada.
Quarto dia...
O dia começou cedo na Plaza Espanya, próxima do nosso hotel. Nela está o Arenas de Barcelona palco de touradas que foi transformado em shopping depois da abolição das corridas de touros na Calatunya desde 2010 (graças à Deus!). A vista do terraço do shopping é incrível, a subida custou 1€ e além do visual, é possível se deliciar em algum dos vários restaurantes lá encima. Dá para tirar fotos lindas da Plaza Espanya, do Palau Nacional atrás da Fonte de Montjuic e do Parc Joan Miró. Exatamente à sua frente está o Passeio Reina Maria Cristina que dá acesso à Fonte Mágica de Montjuic, mais uma grande atração do fim da tarde. Por volta das 21h acontece um show nas fontes com muitos jatos de água, iluminação e músicas. Belíssimo, vale muito a pena. Tente chegar com antecedência porque simplesmente lota.
Pegamos o metrô para o estádio Camp Nou, do time mais famoso da cidade o Barça. Compramos as entradas (com carteirinha de estudante) num quiosque nas Ramblas. Visitamos o museu, as instalações do estádio, arquibancadas e a loja de produtos oficiais. A vista não dá acesso ao campo e banco de reservas, o audioguiado é grátis.
Depois foi a hora de voltar para a Av. Paral-lel e pegar o Funicular de Montjuic (acesso na estação de metrô Paral-lel) até o alto do Parque de Montjuic. O funicular também foi mais um ganho que a Olímpiada trouxe à cidade. Os jardins e as vistas são impressionantes. De lá é possível pegar o teleférico que liga o Parque ao Port Vell, com a descida próxima ao Hotel W Barcelona, à piscina pública e à praia. No fim da Av. Paral-lel, na direção do Mediterrâneo, bem próximo do porto da Baleária está uma das praças mais legais que vi por lá, a Plaza de la Carbonera.
Não se esqueça de levar para a viagem sua carteirinha de estudante (a internacional ou a comum). Em praticamente todos os lugares que fomos, que cobrava a entrada, nossas carteirinhas regulares do Brasil foram aceitas e pagamos bem mais barato.
A dica final de Barcelona é aproveitar as fontes públicas de água potável espalhadas pelas ruas, experimentar os jamóns (ibérico, york e serrano), sentar num bar qualquer e pedir uma caña (chope) e alguns tapas (aperitivos) que as vezes são de graça, alugar bicicletas para fazer uma parte do tour no pedal, pedir um "bikini" no desayuno (misto quente), experimentar os vinhos, a paella tradicional com frutos-do-mar e os pratos com calamares (lula), andar bastante pelas ruas e sentir o clima da cidade e, ainda, tentar separar o máximo de dias que puder para gastar em Barcelona. Os dias nunca serão suficientes.
Barcelona - Espanha Viagem: 2012 (julho).
´Assista: Vicky Cristna Barcelona.
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