Caso: Surpresas no aeroporto

Da Série Cuidado na Estrada!



Sabe quando você tá cansado do trabalho, da rotina e faz planos de férias? Daí decide finalmente um destino, compra as passagens, enfim, agiliza tudo? Um tempo depois descobre que coincidentemente um amigo tem casa nesse lugar e te convida para se hospedar lá? Tudo maravilhosamente dando certo, e o destino (muito estranhamente) fazendo a parte dele...será que depois do aniver de 30 anos as coisas mudam mesmo? A resposta é não, não mudam...pelo o menos algumas coisas não.

Estávamos desfrutando das benesses de Trancoso e tava tudo tão perfeito que estava soando esquisito. Economizamos uma grana boa na hospedagem ficando na casa da família de um amigo, e que casa era aquela, que café-da-manhã, que almoço, que churrasco, que vinho, que piscina, que quarto, que companhias de viagem...não senti falta em nenhum momento de um hotel ou pousada. 

As praias eram deliciosas, e a cada dia era uma descoberta na natureza daquela região em que os próprios europeus chegaram às "Índias" e ficaram entorpecidos pela beleza. Foram dias ótimos, e que além desses bônus turísticos, renderam os tão sonhados momentos de relax e descanso. 

Já no fim da viagem, no café-da-manhã a tia do nosso amigo comentava sobre o voo dela de volta para Brasília. Entramos nesse assunto e conversa vai, conversa vem, entre um presunto e outro, eu comecei a prestar atenção. A pauta era o caso de uma pessoa que no voo de volta (Porto Seguro - Brasília) teve que fazer uma escala em São Paulo (sim!), mais especificamente em Viracopos, vulgo Campinas (siiim!). "Que maluquice é essa!!!??", eu disse. E tinha mais: os custos entre o deslocamento entre Viracopos e Congonhas (o voo para Brasília saia de lá) ficou por conta da pobre passageira. "Deus me livre disso!", eu disse. 

O Matheus, que deixou essa parte comigo, só me olhou com aquele sorriso de quem pensa "ainda bem que não passaremos por isso não é mesmo, Gatinha?". Segundos depois desse olhar ter sido entregue e visualizado, eu acessei nossas passagens no celular só para limpar a consciência, porque eu já tinha falado alto e com todas as letras que o nosso voo não tinha nenhuma surpresa assim, que estava tudo certinho. 

Conferi os horários, as datas, as marcações dos assentos e estava tudo certinho mesmo. Era sabido que nossa ida foi num voo direto e que nossa volta seria com uma escala em São Paulo. Até aí tudo bem, apesar de não ter sentido algum passar antes em São Paulo. Quando eu olhei com mais carinho achei a "surpresa", a escala envolvia aeroportos diferentes em Sampa. Teríamos que correr de Guarulhos para Congonhas naquela loucurinha típica de viagens. 

Foi aí que percebi que as emoções na minha vida não davam a mínima para o fato de eu ter completado 30 anos e já ser, no strictu sensu, uma pessoa "madura". E lá fomos nós para mais uma saga na montanha-russa dos transportes, subindo e descendo de vários lugares até chegar em casa. 

Fomos de carro de Trancoso para o aeroporto de Porto Seguro, pegamos o avião. Chegamos em Guarulhos, corremos para pegar o ônibus da TAM que nos levaria para Congonhas no trânsito de São Paulo. Chegamos em Congonhas e corremos para fazer o check-in, pegamos o voo para Brasília...tudo nesse carrossel de emoções. Nada mal voltar à rotina com essa dose de adrenalina na veia! 

A dica é: sempre dê uma olhada inclusive nos aeroportos das escalas. Isso acontecia bastante no caso dos voos internacionais, mas confesso que no voo doméstico isso foi novidade pra mim, aliás, pegadinha (nível João Kleber).

Veja o vídeo dessa saga: https://goo.gl/YQbUvb



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