Sua vez Uruguai!
Bem, chegou minha vez de conhecer o Uruguai um país que faz fronteira com nosso Brésil, de um povo bonito, uma comida gostosa e de preços altinhos.
Sempre tive vontade de ir, muito por conta de Punta del Este que dispensa apresentações. Pois bem, separei onze dias da minha vida para o Uruguai e antes de ir meu primo falou: "Vai dar para conhecer o país todo!". Realmente, onze dias rendem muito e além de curtir o clima uruguaio ainda dá para passar um diazinho na Buenos Aires.
Eu gostei bastante do Uruguai, achei que foi o espanhol mais fácil de entender (e portunholizar), além disso as pessoas são muito receptivas e fazem questão de te entender e falar devagar. As ruas transmitem uma sensação de segurança muito bacana, o clima (no verão) é ótimo, as pessoas em geral são bonitas, a cervejas são boas (apesar de quase nunca estarem bem geladinhas) e a comida também "é de Deus".
A melhor época de ir
No Uruguai faz muito frio, a maior parte do ano é de clima frio/congelante, então a melhor época para visitá-lo, certamente, é no verão que vai de dezembro a março, sendo os maiores picos depois do Natal e nas duas primeiras semanas de janeiro. Nesse período pegamos muito calor, com dias que chegaram aos 40°.
Geralmente é tão frio que quando chega a época do calor os uruguaios piram, tanto que em Montevidéu quase nenhum lugar tinha alguma estrutura de refrigeração decente. Eles não são muito bem preparados para o calor, e pelo que conversei com locais, eles querem mais é que derreta tudo mesmo.
Escolher a época certa de ir é ideal principalmente se o destino for Punta del Este que fora da temporada de verão vira uma cidade fantasma, todos se mandam de lá no frio (até vários moradores). Então nada de ir pra Punta em alguma promoção imperdível numa data aleatória (é pegadinha na certa!).
Como ir
Existem várias formas de chegar até lá e acredito que vale uma pesquisa para levantar os custos benefícios. É possível chegar a Montevidéu e Punta por avião indo do Brasil ou, ainda, fazendo escala em Buenos Aires. Muitos fazem isso para aproveitar alguns dias na Argentina.
Também dá para ir para Buenos Aires e atravessar o Rio de la Plata num ferry (Buquebus, Colonia Express e Seacat Colonia) até Colônia del Sacramento, cidadezinha que fica a poucas horas da capital e de Punta.
Um outra forma de ir, é fazer todo trajeto de carro (conhecemos muitos brasileiros que fizeram isso de São Paulo), inclusive, é uma das alternativas que mais me apeteceu, pena que moro em Brasília e acho que levaria um pouquinho de tempo para chegar lá na Punta ponta do Uruguai. De repente, uma boa saída seria alugar um carro no Rio Grande do Sul e ir dirigindo away, porque além de poder conhecer de fato o país todo, poder assegurar um carro é muito importante, principalmente em Punta del Este.
Depois de checar a maioria dessas possibilidades, nós resolvemos ir de avião até Porto Alegre (passagens baratinhas) e de lá pegamos um ônibus até Montevidéu; e na volta saímos de Punta para Porto Alegre também no busão (TTL), e de lá pegamos nosso vôo para Brasólia.
Quanto tempo ficar e onde ir
O país não é muito grande, então realmente dá pra ver praticamente tudo. A capital por exemplo não demanda mais do que dois dias, já Punta eu acho que dá pra ficar uns sete dias por conta de suas praias e agitos noturnos.
Os lugares que merecem uma visita e eram os principais destinos do pessoal: Montevidéu, Colônia del Sacramento, Piriápolis, Punta del Este, Cabo Polônio e Punta del Diablo.
Hosteling
Eu já dei minha opinião sobre a estadia ficar por conta dos hostels, então vou reforçar mais uma vez essa ideia, até porque acho que foi minha experiência em hostel de maior contato com a galera que também estava hospedada. Dessa vez deu para conhecer muito mais gente e rendeu muitas histórias boas para contar (e lembrar).
Fique em hostels no Uruguai, seja ele qual for. Nós ficamos no Hostel El Viajero Downtown em Montevidéu, e também no Hostel El Viajero Manantiales em Punta. Apenas se certifique na hora da reserva que o quarto tem ar condicionado. Como eu falei, eles não tem muita estrutura para o calor e os quartos compartilhados do hostel não tinham ar condicionado, apenas os privados. Muita gente se aborreceu com esse detalhe mas não se atentaram para o fato na hora da reserva. E ficar num quarto sem ar no verão uruguaio é praticamente se hospedar num daqueles forninhos elétricos da sua mãe.
As praias
Quanto mais ao sul, mais fria é a temperatura das águas, então é bom já ir consciente de que as praias vão ser bem gélidas (mas nem por isso vazias). Eu já sabia disso e fui preparada para nem entrar na água, curtir só a areia, o sol e a música eletrônica, mas me surpreendi com as praias de água doce do Rio de la Plata. Eram muito boas, até meio mornas e bem tranquilas. Valeu super a pena e foi uma das surpresas da viagem.
A moeda
Esse foi um quesito de muita dúvida no planejamento da viagem, existiam muitas informações de sites, pessoas e etc. Como eu sou meio sistemática, resolvi trocar todo dinheiro aqui no Brasil e levei todos os meus pesos certinhos. Mas a dica que dou é para que você troque apenas um pouco aqui no Brasil (para não viajar sem nada) e converta o restante nas casas de câmbio de lá. Para gente sai mais em conta o câmbio deles. Vi muitos brasileiros usando dólar, mas o troco era sempre em peso e aí fica meio difícil de controlar as conversões.
Então simplifique as coisas, leve reais e troque por pesos lá e ponto final. E se precisar de mais grana, dá para sacar até 5 mil pesos nos caixas eletrônicos (não esqueça de habilitar o cartão para uso internacional).
A língua
Fiquei um pouco apreensiva antes de ir pois o meu contato com os hostels me deixou a impressão de que o inglês não era muito falado. Mas quando cheguei percebi que nem era preciso usar o inglês pois o espanhol uruguaio é muito fácil de entender e além disso, as pessoas são muito queridas, falam mais pausadamente e não fazem mal gosto na hora de nos escutarmos. Show de bola...
A maconha
Pelo que conversei com muitos uruguaios já era permitido fumar maconha pelas ruas antes dessa lei que foi aprovada no fim de 2013 e entra em vigência em março de 2014, a novidade da lei foi permitir o plantio da maconha em casa e a possibilidade de aquisição nas farmácias, fixando o limite mensal para o residente no Uruguai em até 40g por pessoa.
Realmente você vê demais pelas ruas, praias e baladas as pessoas se jogando na marijuana mas o engraçado é que é completamente diferente da impressão que tive de Amsterdam, não era tão pesado, apesar de que na Holanda o uso, tecnicamente, só é permitido nos Coffee Shops. Vai entender....
A maconha
Pelo que conversei com muitos uruguaios já era permitido fumar maconha pelas ruas antes dessa lei que foi aprovada no fim de 2013 e entra em vigência em março de 2014, a novidade da lei foi permitir o plantio da maconha em casa e a possibilidade de aquisição nas farmácias, fixando o limite mensal para o residente no Uruguai em até 40g por pessoa.
Realmente você vê demais pelas ruas, praias e baladas as pessoas se jogando na marijuana mas o engraçado é que é completamente diferente da impressão que tive de Amsterdam, não era tão pesado, apesar de que na Holanda o uso, tecnicamente, só é permitido nos Coffee Shops. Vai entender....
Aluguel de carro
Outra coisa que cansei de ler nos blogs e sites de viagem foi a necessidade de alugar um carro, principalmente em Punta del Este. E todos eram bem taxativos quanto a urgência desse aluguel pois a frota de carros se esgotava e a babilônia se instaurava.
Eu cheguei a pesquisar do Brasil as cotações mas decidimos não fechar nada. Em Montevidéu é super tranquilo viver sem carro, além dos ônibus, tem muito táxi rodando pra cima e para baixo.
Já em Punta realmente um carro é necessário pois as distâncias são grandes e tem uma costa maravilhosa para perambular. Apesar disso, ficamos sem carro em Punta e sobrevivemos pegando carona com alguns amigos do hostel e usando os ônibus públicos que existem sim! A história pintada por aí é a de que não havia ônibus, mas eles existem sim, com horários mais limitados, mas estão lá à nossa disposição.
Mas se puder ir de carro ou alugar um carro, vai ser a melhor decisão da viagem.
As caronas
Principalmente em Punta, onde o carro é item de grande valor, a cultura e costume local é o da carona. Até o pessoal do hostel nos orientou sobre essa opção de deslocamento. É muito engraçado sair de um show ou balada e ver a galera na pista acenando para os carros pedindo carona, e funciona. Ainda bem que funciona, senão não teríamos ido embora da festa Hedi Kandi que foi num local so far, far away.
O que experimentar
Experimente o Assado, é tipo o nosso churrasco só que feito na lenha; o Clericó, bebidinha que é a cara de Punta que leva espumante, vinho branco e frutas; as cervejas Pilsen e Patrícia; Medio y Medio (uma mistura de espumante com vinho); os vinhos da uva Tannat; o Chivito, uma espécie de x-tudo uruguaio; o Gramajo, um petisco de bar sensacional que não está nos cardápios mas que praticamente em todos os lugares é servido (é um mix de batata frita com pimentão, cebola, ovo e outros), espetacular, eu amei. E o prato muito comum que tem praticamente todos os restaurantes são as milanesas com fritas (dá pra escolher se de frango ou carne), além, é claro, da famosa parrillada. E não se esqueça de dançar cumbia!
As lembrancinhas
Confesso que fiquei caçando alguma coisinha característica para trazer e tive muita dificuldade em achar. Além dos preços salgadinhos, parecia que tudo era uma repetição dos outros países. O que nos restou foi trazer quilos de alfajor (gostei mais do que os argentinos) e doce de leite (ma-ra-vi-lho-so). Os vinhos da uva Tannat também eram ótimas opções (inclusive o que vinha na embalagem de leite longa vida).
Os preços
Eu já sabia que ia achar preços altos em Punta, embarquei pra lá assim como me preparei para Ibiza. Mas a coisa era pior do que eu pensava, os preços são altos no país todo e não apenas nos lugares turísticos. O custo de vida é muito alto e tivemos muitos mini infartos pelo percurso. Não é o caso de desistir da viagem, mas sim de se prevenir. Se preparar para pagar R$ 11 reais numa garrafa de Coca Cola, R$ 35 num mapa da cidade, R$ 12 reais numa água, R$ 17 numa cerveja, R$ 70 num copo de energético com vodca...
Eu achei que estávamos sendo enganadas por sermos turistas (Brasil feelings), mas depois que passamos no supermercado, atestamos que realmente as coisas eram caras.
A dica é comprar bastante coisa no mercado, cozinhar no hostel, levar biscoitos na mala, não fazer conversões e se divertir.
Eu gostei muito da viagem e voltaria com certeza em Punta apesar dos preços mega inflacionados. Gostei muito da cultura, das pessoas, do clima, das comidas e bebidas, mas acho que o potencial turístico ainda não está sendo muito bem aproveitado. Enfim, valeu muito a pena e mega power indico!!!!
Leia o relato sobre Montevidéu aqui.
Leia o relato sobre Colônia del Sacramento aqui.
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11R$ reais em uma COCA
ResponderExcluir12R$ em uma ÁGUA
17R$ em uma CERVEJA
Isso é em reais mesmo ou em pesos uruguaios? Uma água custa 120 pesos uruguaios é isso mesmo?