Balada em Lisboa, em Portugal


O esquema de baladas em Lisboa, chamadas de discotecas, funciona assim: por volta das 21h todos vão para as ruazinhas do Bairro Alto que bombam de quinta a domingo. Você entra em vários bares, pede uma bebida aqui, outra ali. Fica na rua de paralelepípedos, conhece gente, joga conversa fora...esse é o clima, nada de mesinhas! É um estilo meio Diamantina. Confesso que não marquei na lembrança nenhum nome específico pois entramos em vários deles. Mas não tem como se perder, vai ter muita gente nas ruas e travessas (Travessa Rua da Flor, Rua Atalaia, Rua da Barroca, etc). Procure experimentar a Ginja (um licor da fruta ginja típica da região) e um drink-shot chamado “moranguito” (uma mistura perfeita de tequila, batida de coco entre outros) que conheci por aquelas bandas. As bebidas são incrivelmente baratas, por exemplo: meio litro de caipirosca sai por 4 euros. Por volta das 3h da manhã a galera toda pega um táxi e vai direto para as baladas propriamente ditas. Resumindo: é muito bom! O Bairro Alto bomba demais!

Rua Atalaia no Bairro Alto

As “discotecas” são de todos os tamanhos e estilos. Os preços variam de acordo com o seu look e sua cia. Nas mais “tops” você vai encontrar muita dificuldade para entrar. Como é praxe na Europa não existe regra ou manha, só reze para não receber palavras do tipo: "A entrada custa 300 euros sem consumação" ou "É uma festa só para convidados ou com nome na lista". Nas baladas mais acessíveis você pode até entrar, mas os preços vão variar, existem comandas de todos os preços e quem definirá a sua é o segurança da porta depois de uma análise bem preconceituosa do seu visual e das pessoas que te acompanham. A impressão é de um povo que precisa afirmar o tempo todo que é europeu. Em suma, a noite de Lisboa é meio esquisita, as bebidas não são das melhores e música boa não se acha em qualquer lugar. Alguns nomes de baladas grande: Lux Frágil, Buddha Lx e Cinco Louge.


In Seven Club (Doca de Santo Amaro, Docas)

In Seven Club
Na região das Docas, na beira do rio Tejo, exitem vários restaurantes e “discotecas”, uma do lado da outra, menores mas super lotadas. São muitas opções e tem para vários gostos e vontades. Passamos pela frente de todas até que escolhemos a In Seven Club que tinha uma cara “decente”. Nos deram cortesias para entrada e ainda uns 4 vales-bebida. Ok, recepção foi bacana. Entramos e tinha muita gente legal, bem vestida. O lugar era bonito, bem decorado e a música era boa um misto de DJ's e uma cantora ao vivo). Alguns tótens com mulheres dançando exageradamente, o que tornou tudo muito cômico. Usamos só 2 'vales' pois as bebidas eram péssimas, eram umas espécies de fórmulas montadas, estilo suco gummy.


Kapital (Morada, Avenida 24 de Julho, 68, 1200)

Kapital
Entrar na Kapital foi algo engraçado, estávamos num grupo misto de homens e mulheres do Pub Crawl do hostel. Sabíamos que o face control nas baladas grandes de Lisboa inspirava muitos barracos pelas portas e filas, e obviamente estava todo mundo apreensivo pois a cor de sapato de um de nós poderia levar a noite de todos por água abaixo. A pessoa que mais queimava nosso filme não estava mais no grupo, uma inglesinha vestida como se estivesse indo para o shopping, então fiquei mais tranquila, cheguei no segurança, disse “Boa noite!” e perguntei quanto custava para entrar - com o casaco aberto para mostrar a roupa. Ele tinha numa mesinha montinhos de comandas de vários valores, pegou uma de 10 euros e todos entramos numa boa, sem drama. A Kapital é um club de vários andares num prédio meio histórico. É bem legal a distribuição de ambientes (são bem amplos). O bar é bacaninha mas não dá conta do volume de pedidos. As bebidas, como nas Docas, eram muito ruins. Eu me animei quando vi um bartender metido a malabarista, pura ilusão: da-lhe suco gummy! A música não foi uma das melhores da minha vida, mas valeu pela cia e a diversão da noite.


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